No último domingo, dia 17 de novembro, durante o Festival Lula Livre, Mãe Beth de Oxum expressou sua indignação pelos constantes atos de racismo religioso cometidos por diversos líderes de igrejas neopentecostais no nosso Estado e no país.
Desde o início desta semana, Mãe Beth vem sendo alvo de acusações de intolerância religiosa por parlamentares e pastores de posição fundamentalista, que exigem que ela faça um pedido público de desculpas por suas palavras.
Nós das Juntas reconhecemos que nem todos os segmentos que compõem o que se chama de evangélicos são iguais, pois nos relacionamos com vários setores que são progressistas e defensores dos direitos humanos e da democracia.
Entretanto, há também vários segmentos que cotidianamente promovem o ódio e o racismo religioso com seus discursos e suas práticas.
Terreiros são invadidos, cultos são interrompidos, pessoas adeptas do candomblé são xingadas nas ruas, objetos sagrados são vilipendiados.
Beth de Oxum expressou uma indignação que também é nossa, pois defendemos o direito constitucional ao livre culto e crença, para todos os cidadãos e cidadãs. Afirmamos nossa solidariedade a Beth de Oxum e a todas as pessoas de candomblé que vivenciam uma religião de amor, de respeito, de acolhimento e generosidade.