Está chegando o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica e as Juntas, que têm como pauta e também lugar de fala, fizeram o discurso, na plenária virtual desta quinta-feira (27), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em apoio a luta das companheiras lésbicas. A data já é no próximo sábado (29) e marca sua criação, em 1996, durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas.
Como uma mandata feminista, antirracista e contra todas as formas de discriminação e opressão, as codeputadas afirmaram seu total repúdio às várias manifestações de lesbofobia que atingem as mulheres lésbicas. Esse é um segmento que está conquistando cada vez mais espaço em diversos setores da sociedade, no entanto, ainda sofre muita discriminação e violência cometidas no dia a dia. É triste saber que a sociedade rejeita a identidade dessas mulheres e nega o direito de viverem sua sexualidade livremente.
Esse levantamento foi feito a partir de dados coletados em redes sociais, sites, jornais e outros veículos de mídia. Por isso, esses números provavelmente ainda são distantes da realidade, já que não existem dados ou informações oficiais voltadas a questão do lesbocídio. Na equipe da mandata há várias pessoas que assumem essa identidade, sendo esta uma agenda importante para as Juntas e que deve ser considerada essencial para toda a sociedade.
As codeputadas reafirmaram a necessidade de haver políticas de saúde que garantam um atendimento e tratamento adequado à realidade e necessidade específica de cada mulher. É preciso que o Estado garanta os direitos de todas as pessoas, independente de sua cor, sexo, identidade de gênero e orientação sexual. Quase não existem políticas públicas para lésbicas, que são de extrema importância para o exercício do direito a uma vida digna e livre de violência. No âmbito de direitos, os diversos movimentos de mulheres lésbicas levantam bandeiras pelo fim do lesbocídio, para que suas vidas deixem de ser marcadas pela violência, inclusive lutando pelo direito à moradia, porque muitas delas, ao assumir sua identidade, são expulsas de casa.
Antes de encerrar o pronunciamento, a codeputada Jô Cavalcanti, representando as Juntas, solicitou à mesa diretora e a Comissão de Ética um posicionamento sobre o andamento das duas representações que foram protocoladas pela mandata na semana passada. Os fatos tratados nesses processos são extremamente graves e, por isso, é importante o pronunciamento da Alepe frente à sociedade pernambucana. Josenita Duda, presente!
*Foto tirada antes da pandemia no Seminário de Mulheres Lésbicas e Bissexuais