As codeputadas Juntas, em reunião da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular (CCDH) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ontem (12), deram um retorno sobre a agenda na cidade de Jaqueira, Mata Sul de Pernambuco. A ida das parlamentares ao Engenho Fervedouro, em Jaqueira, resultará em encaminhamentos diversos, incluindo o pedido de investigação por parte do Ministério Público Federal. Na reunião, a pedido do deputado Isaltino Nascimento e com a aprovação da Comissão, as parlamentares também vão encaminhar solicitações de agilidade ao MPF na investigação sobre as perseguições causadas por demarcação de território contra o povo Pankararu, no Sertão pernambucano.
Na sexta-feira (07), as Juntas foram ao Engenho Fervedouro, no município de Jaqueira, atendendo a um pedido da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que enviou ofício à CCDH relatando diversos casos de violação de Direitos Humanos no local. As parlamentares, representando a Comissão de Direitos Humanos, estiveram in loco para fazer uma escuta qualificada. Elas debateram sobre as violações e providências emergenciais para reduzir as tensões existentes após os crimes relacionados a conflitos de terra entre posseiros e a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária das terras da Usina Frei Caneca.
As Juntas fizeram uma reunião com a CPT; agricultores; o presidente da Câmara Municipal, Manoel Messias; o prefeito, Marivaldo de Andrade; e alguns vereadores. Na sequência, foram a São Benedito do Sul, cidade próxima, para buscar um inquérito sobre um dos casos, de uma emboscada no Engenho. Logo após, retornaram para Jaqueira no intuito de analisar o andamento de um outro inquérito sobre os problemas gerais de perseguição no Engenho Fervedouro.
As codeputadas vão construir estratégias com a CPT e, depois de terem formalizado a denúncia na Comissão de Direitos Humanos da Alepe, vão formalizar na CDH da Câmara Federal, bem como promover articulações políticas para proteção dos moradores e das moradoras do local. O documento produzido será detalhado pela mandata quando for apresentado às instâncias parlamentares e judiciárias. O objetivo é pressionar e reduzir as tensões e as violações de direitos humanos no local, alinhando com a motivação do ofício da Pastoral da Terra.